Uma operação da Polícia Civil de Minas Gerais prendeu 15 suspeitos de fraudar empréstimos bancários. Gerentes de bancos aplicavam golpes em clientes e nos próprios bancos.
Os envolvidos devem responder pelos crimes de organização criminosa, estelionato, lavagem de dinheiro, falsificação e uso de documentos falsos. Entre os presos na operação desta quinta-feira (22), estão quatro gerentes e dois ex-gerentes de bancos. Alguns tiveram que acompanhar os policiais até as agências em que trabalhavam.
Segundo as investigações, os gerentes identificavam CPFs e CNPJs de clientes com bom histórico financeiro e repassavam para o organizador da fraude, que contratava um falsificador para confeccionar documentos fraudulentos, usando os nomes das vítimas e fotos de clientes falsos, que também sabiam do golpe. Com os documentos em mãos, os gerentes abriam as contas, usadas para fazer empréstimos. Os clientes falsos sacavam o dinheiro, que era dividido para o grupo. Os bancos ficavam com o prejuízo financeiro e as vítimas com os nomes sujos.
Um dos gerentes presos contou à polícia que, em quatro meses, chegou a abrir 40 contas bancárias e que ganhava uma comissão de 10% por cada conta. Segundo a polícia, a quadrilha causou um prejuízo de mais de R$ 20 milhões aos bancos e usou os dados de ao menos 100 clientes. A Justiça decretou o bloqueio de 97 contas bancárias de pessoas físicas e empresas.
Os policiais apreenderam documentos, computadores e telefones em escritórios e casas da capital e no interior de Minas Gerais.
O Banco do Brasil disse que apoiou a operação e que, para não atrapalhar as investigações, não divulga mais informações.
O Santander disse que possui sistemas eficazes para identificar desvios de conduta, evitando prejuízo financeiro a seus clientes.
O Itaú Unibanco disse que repudia tais comportamentos antiéticos e reforça que está apoiando as autoridades durante as investigações.
A Federação Brasileira de Bancos declarou que repudia o envolvimento de funcionários em ações criminosas e que as instituições atuam em parceria com forças policiais para auxiliar na identificação e punição de criminosos.
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