Janones acusa Sargento Gonçalves de agressão e importunação sexual na Câmara

O deputado federal André Janones (Avante/MG) acusou o deputado potiguar Sargento Gonçalves (PL/RN) e outros parlamentares bolsonaristas de agressão física e importunação sexual durante uma confusão no plenário da Câmara dos Deputados na quarta-feira 10. O episódio foi registrado em vídeo e divulgado nas redes sociais.

Segundo Janones, ele foi impedido de gravar uma selfie criticando o discurso do deputado Nikolas Ferreira (PL/MG), que celebrava a taxação de 50% dos produtos brasileiros pelo governo dos Estados Unidos. Nas imagens, é possível ver empurrões, um soco na barriga e um chute na canela.

O parlamentar afirma que foi cercado por 12 deputados e que, além de empurrões, sofreu agressões físicas. No Boletim de Ocorrência divulgado pelo portal Metrópoles, ele relatou que Sargento Gonçalves apalpou suas nádegas e genitália. “O deputado disse ainda que levou vários empurrões desses parlamentares. Os demais agressores ainda não foram identificados. Informa ainda que, durante as agressões físicas, por diversas vezes, vários deputados – sendo identificado como um deles o deputado Evandro (Sargento Gonçalves) – apalparam suas partes íntimas, nádegas e pênis, causando-lhe grande constrangimento e sofrimento emocional”, diz o trecho.

Janones afirmou nas redes sociais que registrou boletim de ocorrência e realizou exame de corpo de delito. “Acabo de ser agredido fisicamente dentro do plenário da Câmara dos Deputados pela tropa de choque bolsonarista. Sozinho, fui cercado por 12 deputados que tentaram me intimidar para que eu não criticasse o deputado Nikolas Ferreira enquanto ele discursava na tribuna”, escreveu.

O deputado potiguar Sargento Gonçalves se pronunciou por vídeo, acusando Janones de provocar tumultos. “Janones só sabe tumultuar”, afirmou.

O caso ocorreu durante sessão na Câmara e envolve, além de Gonçalves, os deputados Cabo Gilberto Silva (PL/PB), Giovani Cherini (PL/RS) e Rodolfo Nogueira (PL/MS), segundo Janones. Até o momento, não houve pronunciamento oficial da Mesa Diretora da Câmara sobre o episódio.