Os internos do Instituto Terapêutico Liberte-se, casa de recuperação de dependentes químicos no Paranoá (DF) que pegou fogo na na madrugada deste domingo (31/8), ficaram trancados enquanto as chamas consumiam o local, segundo testemunhas. O incêndio matou cinco homens e deixou 11 pessoas intoxicadas por inalação de fumaça.
Um dos pacientes é Luís Araújo do Nascimento, 57 anos. Ao Metrópoles, ele contou que o local era trancado com cadeados nos portões e grades nas janelas, o que impossibilitava os internos de saírem.
“[O local] estava fechado, sem porta de incêndio, sem extintor, sem nenhuma precaução. E nenhum deles [os internos] foi treinado para trabalhar com combate a incêndio”, afirmou.
Nascimento conhecia todas as vítimas que morreram no incêndio. “Estou muito traumatizado”, declarou. Ele um colega, também interno, conseguiram salvar outras pessoas até a chegada do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF). “Tiramos [as vítimas] pela janela, desentortamos ferros das grades”, contou.
Outro paciente, José Rodrigo, 45, disse que estava dormindo quando o fogo começou a tomar o local. “Quando eu saí, o teto caiu”, lembrou.
Internado há três meses, ele afirmou que alertou os responsáveis sobre as instalações precárias do instituto. “Sempre avisei a eles para não trancar ou então deixar alguém acordado, e também para deixar extintores aqui. Não tinha nenhum extintor aqui”, enfatizou.
METRÓPLES
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