Início » Hospital Varela Santiago cancela cirurgias em meio à greve dos médicos de Natal
SAÚDE

Hospital Varela Santiago cancela cirurgias em meio à greve dos médicos de Natal

Compartilhe

Segundo a direção da unidade até o momento nenhum cirurgião pediátrico das empresas contratadas se apresentou para realizar os atendimentos

Hospital Infantil Varela Santiago, em Natal, informou nesta quinta-feira 4 que não houve avanço na retomada das cirurgias eletivas, contrariando informações divulgadas anteriormente. De acordo com unidade, desde a terça-feira 2 procedimentos cirúrgicos precisaram ser cancelados.

Conforme o hospital, foram 72 cirurgias suspensas até a manhã desta sexta-feira 5, até a última atualização deste texto.

Segundo a direção, o contrato do hospital é com as Secretarias Municipal e Estadual de Saúde, e até o momento nenhum cirurgião pediátrico das empresas contratadas se apresentou para realizar os atendimentos.

O hospital segue em busca de soluções junto às autoridades competentes para restabelecer a normalidade dos procedimentos cirúrgicos o quanto antes, garantindo a qualidade do atendimento às crianças e adolescentes.

Número de procedimentos cancelados

Terça – 26
Quarta – 13
Quinta – 12
Sexta – 21

Entenda

Uma greve dos médicos foi iniciada no dia 1º de setembro, após aprovação em assembleia do Sindicato dos Médicos do Rio Grande do Norte (Sinmed‑RN). O movimento ocorre em protesto contra a substituição da Cooperativa Médica do RN (Coopmed‑RN) por duas empresas terceirizadas — Justiz e Proseg — em um processo de dispensa de licitação estimado em R$ 208 milhões para um ano de prestação de serviços.

O Sinmed-RN alega que os contratos fechados com a Justiz e a Proseg são ilegais e tem orientado médicos a não trabalharem para as novas empresas – que tentam absorver os profissionais da Coopmed nos novos contratos.

A Prefeitura do Natal obteve aval judicial em segunda instância para seguir com a contratação dessas empresas, após questionamentos judiciais e pedido de republicação do edital.

A Secretaria Municipal de Saúde condena a greve e acusa o Sinmed‑RN de promover um “movimento irresponsável” que exerce “coação” sobre médicos dispostos a migrar para os novos contratos, prejudicando o atendimento ao cidadão.

Segundo o secretário Geraldo Pinho, os médicos estão sendo ameaçados com eventuais retaliações junto ao Conselho Regional de Medicina (Cremern) caso interrompam a paralisação.

A Prefeitura também ressalta que a formalização dos novos contratos corrige a precariedade jurídica da Coopmed, que atuava sem contrato formal desde junho de 2023.

AGORARN

Redação

Na Mira da Notícia é um portal dinâmico e independente que traz os principais acontecimentos do Brasil e do mundo com agilidade, clareza e compromisso com a verdade. Aqui, a informação está sempre no alvo.

Adicionar Comentário

Clique aqui para postar um comentário