investigação também acompanha sete possíveis casos de intoxicação por metanol
Nesta quarta-feira (19), uma megaoperação envolvendo 12 instituições de segurança e fiscalização resultou na apreensão de 182.847 litros de bebidas alcoólicas irregulares em Minas Gerais. A ação, chamada Operação Baco, também determinou a inutilização de 3.958 recipientes, entre garrafas, barris e galões, e levou à prisão de 18 adultos e um adolescente.
Realizada ao longo de 40 dias, a força-tarefa fiscalizou 522 estabelecimentos e abordou 447 pessoas em várias regiões do estado. No total, foram instaurados 17 inquéritos policiais e efetuados nove flagrantes.
Participaram da operação agentes da Polícia Militar, Polícia Civil, Vigilância Sanitária, Secretaria de Fazenda, Ministério Público, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Federal, Receita Federal, Ministério da Agricultura e Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA).
Segundo Bernardo Neves, superintendente de Integração e Planejamento Operacional da Sejusp-MG, o objetivo foi combater o contrabando, a falsificação e a adulteração de bebidas alcoólicas em Minas Gerais, utilizando inteligência policial e denúncias anônimas.
Durante a operação, o Ministério da Agricultura coletou amostras e identificou duas com níveis elevados de metanol, ambas provenientes de produtos clandestinos sem identificação do fabricante — um risco grave à saúde pública.
A investigação também acompanha sete possíveis casos de intoxicação por metanol. Seis já foram descartados, mas um segue em apuração após a morte de um homem de 52 anos, em Poços de Caldas, com suspeita de ligação ao consumo de bebida irregular.
Além das ações repressivas, a Operação Baco incluiu atividades educativas. A Associação Brasileira de Bebidas (Abrabe) apoiou a iniciativa com laudos técnicos para identificar falsificações. Aproximadamente 1.200 consumidores receberam orientações sobre como reconhecer bebidas sem procedência segura.
A Polícia Rodoviária Federal monitorou a movimentação de cargas pelas rodovias federais e estaduais, reforçando o controle em pontos estratégicos devido ao intenso fluxo logístico em Minas.
O Ministério Público informou que, além das investigações criminais, podem ser aplicadas multas, interdições e outras medidas administrativas a estabelecimentos envolvidos com irregularidades, especialmente em casos ligados a lavagem de dinheiro ou organizações criminosas.
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