O fim de ano chega e, mais uma vez, o prefeito Iogo segue em silêncio absoluto sobre a realização de concurso público no município. A omissão preocupa servidores e a população em geral, que assistem à expansão de contratos terceirizados enquanto o acesso democrático aos cargos públicos é deixado de lado.
Na prática, a gestão prefere manter empresas terceirizadas, muitas vezes usadas para acomodar aliados políticos e cumprir acordos eleitorais, em vez de investir em servidores efetivos por meio de concurso, como determina a Constituição.
O discurso de “responsabilidade fiscal” não convence. A terceirização tem servido como artifício para mascarar gastos com pessoal e evitar o impacto direto no limite prudencial da folha, empurrando o problema para debaixo do tapete.
O problema vai além da desvalorização imediata dos servidores. Em um período muito curto, essa política poderá afetar diretamente a previdência própria do município. Sem novos servidores efetivos contribuindo regularmente, o sistema previdenciário tende a perder arrecadação, colocando em risco sua sustentabilidade e abrindo caminho para déficits que, mais cedo ou mais tarde, recaem sobre os cofres públicos.
A ausência de um cronograma, de estudos técnicos ou mesmo de uma explicação pública reforça a impressão de que a gestão não tem compromisso com a valorização do servidor nem com a transparência administrativa. Jucurutu paga o preço de uma política imediatista, marcada pela improvisação e pelo clientelismo.





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