Dois projetos de lei de grande alcance social, aprovados pela Câmara Municipal de Jucurutu, foram vetados pelo prefeito Iogo Queiroz, gerando forte repercussão e expondo não apenas o desprezo do Executivo por demandas populares, mas também a submissão da maioria dos vereadores — inclusive quando a proposta partia de um aliado político.
Um dos projetos vetados foi apresentado por Francinildo Aquino, vereador da base aliada do prefeito, e previa a reserva de 5% das vagas de trabalho para pessoas com 50 anos ou mais em empresas contratadas pela Prefeitura. A proposta buscava promover inclusão no mercado de trabalho para profissionais experientes, frequentemente descartados por causa da idade. O projeto também dava prioridade a chefes de família com filhos menores.
O segundo projeto, do vereador Jubiratan Saldanha, concedia isenção de IPTU para pacientes em tratamento oncológico no município. A proposta, de forte apelo social e humanitário, foi vetada na íntegra pelo prefeito — o que causou revolta na população e levantou questionamentos sobre a insensibilidade da gestão.
A polêmica aumentou após vir à tona uma suposta declaração do chefe do Executivo:
“A ordem é essa: ou vota na Câmara como eu quero, ou não me procure.” Disse o vereaodor Jubira.
A situação escancarou o modelo de governança autoritário que se impõe sobre o Legislativo municipal, onde até os aliados são silenciados. Para muitos, Jucurutu vive um momento em que a vontade do prefeito se sobrepõe até mesmo às boas ideias de sua própria base — e, pior ainda, ao bem-estar da população
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