O deputado federal Coronel Meira (PL-PE) disse que vai registrar uma queixa formal na polícia contra a também deputada Célia Xakriabá (PSOL-MG). Ele afirma ter sido atacado pela parlamentar com uma caneta na madrugada de quinta-feira, durante a sessão que aprovou o projeto que flexibilizou as regras do licenciamento ambiental.
A sessão foi marcada por confusão e bate-boca entre deputados da oposição e da base governista. A suposta agressão a Meira teria acontecido durante uma discussão entre Célia Xakriabá e Kim Kataguiri (União-SP).
Xakriabá e Kataguiri estavam em um embate acalorado. O coronel conta que viu a deputada partir para cima de Kataguiri com uma caneta nas mãos. Para tentar impedir o ataque, relatou ter colocado o braço na frente e acabou sendo atingido pelo golpe. Meira afirmou que o objeto perfurou sua mão direita.
“Isso é um absurdo, uma parlamentar chegar a esse ponto de uma agressão. Fui só colocar o braço e ela, com uma caneta, me feriu. É gravíssimo, não existe”, criticou Meira. Por meio de nota, o PL informou que também vai pedir providências contra Célia Xakriabá ao Conselho de Ética da Câmara.
A deputada socialista, porém, nega ter atacado Meira e afirma que também pretende acionar o colegiado para que tome medidas — mas contra Kim Kataguiri, sob o argumento de ter sido vítima de racismo durante a discussão no plenário da Câmara.
Ela informou que levará a denúncia ao Ministério Público Federal. Durante o bate-boca, Kim chamou a parlamentar, que é indígena, de “cosplay de pavão”, em alusão ao cocar que a congressista costuma usar no Congresso. Xakriabá, por sua vez, chamou o colega de “deputado reborn”.
“Estou tranquila, não agredi o deputado. Essa é uma tentativa covarde de inversão dos papéis na violência política de gênero e de racismo que sofri no plenário da Câmara”, ressalta a parlamentar. “Agressão mesmo sofreram o meio ambiente, as florestas, os biomas e a Constituição com o PL da Devastação aprovado naquela madrugada”, afirmou a deputada a VEJA.
FONTE : VEJA
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