A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quinta-feira 18, a 18ª fase da Operação Uiraçu, que investiga armazenamento e compartilhamento de mídias contendo cenas de abuso sexual infantil na internet. Dois mandados de busca e apreensão foram cumpridos nas cidades de Natal e São Gonçalo do Amarante.
Durante as ações, aparelhos celulares foram apreendidos e passarão por perícia técnica para subsidiar as investigações em andamento. Os alvos dos mandados são suspeitos de crimes previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
Segundo a PF, o nome da operação faz referência ao uiraçu, uma ave de rapina que costuma atacar pequenos mamíferos, especialmente filhotes, simbolizando a ofensiva da corporação contra predadores sexuais que vitimam crianças e adolescentes.
Em nota, a Polícia Federal esclareceu que, embora a legislação brasileira ainda utilize o termo “pornografia” (art. 241-E da Lei nº 8.069/1990) para definir “qualquer situação que envolva criança ou adolescente em atividades sexuais explícitas, reais ou simuladas, ou exibição dos órgãos genitais de uma criança ou adolescente para fins primordialmente sexuais”, a comunidade internacional adota expressões como “abuso sexual de crianças e adolescentes” ou “violência sexual de crianças e adolescentes”. De acordo com a corporação, a nomenclatura ajuda a dar dimensão da violência sofrida pelas vítimas.
A PF também orienta pais e responsáveis a monitorar e orientar crianças e adolescentes no ambiente virtual e físico. Entre as medidas citadas estão conversar sobre os perigos do mundo online, explicar formas seguras de usar redes sociais, jogos e aplicativos, além de acompanhar de perto as atividades digitais.
A instituição ressalta a importância de observar mudanças de comportamento, como isolamento repentino ou segredo no uso de celulares e computadores, o que pode indicar situações de risco. A recomendação é ensinar aos jovens como agir diante de contatos inadequados e reforçar que devem procurar ajuda sempre que necessário.
AGORARN
Adicionar Comentário